É considerado um dos fundadores
do estudo moderno da sociologia, mas sua influência também pode ser sentida na
economia, na filosofia, no direito, na ciência política e na administração.
Começou sua carreira acadêmica na Universidade Humboldt, em Berlim e,
posteriormente, trabalhou na Universidade de
Freiburg, na Universidade de
Heidelberg, na Universidade de Viena e na Universidade de
Munique. Personagem influente na política alemã da época, foi
consultor dos negociadores alemães no Tratado de Versalhes (1919)
e da Comissão encarregada de redigir aConstituição de
Weimar.
Grande parte de seu trabalho como
pensador e estudioso foi reservado para o chamado processo de racionalização e desencantamento que provém da
sociedade moderna e capitalista. Mas seus estudos também deram contribuição
importante para a economia. Sua obra mais famosa é o ensaio A ética protestante e o espírito do capitalismo, com o
qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião. Weber argumentou
que a religião era uma das razões não-exclusivas do porque as culturas do
Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a
importância de algumas características específicas do protestantismo ascético,
que levou ao nascimento do capitalismo, a burocracia e do estado racional e
legal nos países ocidentais. Em outro trabalho importante, A política como
vocação, Weber definiu o Estado como "uma entidade que
reivindica o monopólio do uso legítimo da força física", uma definição que
se tornou central no estudo da moderna ciência política no Ocidente. Em suas
contribuições mais conhecidas são muitas vezes referidas como a “Tese de
Weber".
Seu pai, Sr. Max Weber, público e
político liberal; a mãe, Helene Fallenstein, uma calvinista moderada. Max foi o
primeiro de sete filhos, incluindo seu irmão Alfred Weber, quatro anos mais
jovem, também sociólogo, mas, sobretudo, um economista, que também desenvolveu
uma importante sociologia da cultura. A família estimulou intelectualmente os
jovens Weber desde a tenra idade.
Em 1882 Max Weber matriculou-se
na Faculdade de Direito da Universidade de Heidelberg, onde seu pai havia
estudado, frequentando também cursos de economia política, história e teologia.
Em 1884 voltou para casa paterna e se transferiu para a Universidade de Berlim,
onde obteve em 1889 o doutorado em Direito e em 1891 a tese de habilitação,
ambos com escritos da história do direito e da economia.
Depois de completar estudos
jurídicos, econômicos e históricos em várias universidades, se distingue
precocemente em algumas pesquisas econômico-sociais com a Verein für Sozialpolitik,
a associação fundada em 1873 pelos economistas associados à Escola Histórica
Alemã em que Weber já tinha aderido em 1888. Em 1893 casou-se com Marianne
Schnitger, mais tarde uma feminista e estudiosa, bem como curadora póstuma das
obras de seu marido.
Foi nomeado professor de Economia
nas universidades de Freiburg em 1894 e de Heidelberg em 1896. Entre 1897, ano
em que seu pai morreu, e 1901 sofreu de uma aguda depressão, de modo que do
final de 1898 ao final de 1902 não poderia realizar atividades regulares de
ensino ou científicas.
Curado, no Outono de 1903
renunciou ao cargo de professor e aceitou uma posição como diretor-associado do
recém-nascido Archiv für und
Sozialwissenschaft Sozialpolitik (Arquivos
de Ciências Sociais e Política Social), com Edgar Jaffé e Werner Sombart como colegas: nesta revista publicaram
em duas partes, em 1904 e 1905, o artigo-chave A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo. Naquele mesmo ano, visitou os Estados Unidos. Graças a uma
enorme renda privada derivada de uma herança em 1907, ainda conseguiu se
dedicar livremente e em tempo integral aos seus estudos, passando da economia
ao direito, da filosofia à história comparativa e à sociologia, sem ser forçado
a retornar à docência. Sua pesquisa científica abordou questões
teórico-metodológicas cruciais e tratou complexos estudos
histórico-sociológicos sobre a origem da civilização ocidental e seu lugar na
história universal.
Durante a Primeira Guerra
Mundial, serviu como diretor de hospitais militares de Heidelberg e
ao término do conflito, voltou ao ensino da disciplina de economia, primeiro em
Viena e em 1919 em Munique, onde dirigiu o primeiro instituto universitário de
sociologia na Alemanha. Em 1918 ele estava entre os delegados da Alemanha em
Versalhes para a assinatura do tratado de paz e foi conselheiro para os
redatores da Constituição da República de Weimar. Encontra-se sepultado em
Bergfriedhof de Heidelberg em Baden-Württemberg na Alemanha.