quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Perspectiva e seus Elementos

Perspectiva é um termo de significado amplo que possui as seguintes acepções, ainda que elas sejam bastante relacionadas umas com as outras.
  • Perspectiva atmosférica. É uma técnica de pintura na qual a atmosfera altera as tonalidades dos objetos mais distantes, diminuindo a saturação dos matizes. É o mesmo que perspectiva aérea ou perspectiva tonal.
  • Perspectiva (cognitiva). Na teoria cognitiva, é a escolha de um contexto ou referência (ou o resultado desta escolha) de onde se parte o senso, a categorização, a medição ou a codificação de uma experiência, tipicamente pela comparação com outra. Pode-se posteriormente reconhecer diversos significados de diferença sutil, como o ponto de vista, o Weltanschauung, o paradigma.
  • Perspectiva (gráfica). É um campo de estudo da geometria e, em especial, da geometria projetiva. É um método que busca representar os objetos em seus tamanhos e posições "corretas", tal qual a visão humana os compreende, a partir de um observador fixo. Divide-se em várias categorias como cônica, isométrica, cavaleira, militar, entre outras, e foi desenvolvida pelos artistas a partir da transição para o Renascimento, na sua forma estrita de entendimento.
  • Perspectiva quadridimensional. Processo de perspectiva que se utiliza de um observador móvel.

    Elementos da perspectiva:


    Linha do horizonte, ponto de vista, ponto de fuga e linhas de fuga são os quatro elementos da perspectiva que determinam o nível e o ângulo visual do espectador no contexto do desenho. Para um estudo mesmo básico sobre perspectiva é necessário conhecê-los e saber o modo correto de sua aplicação. Por isso, além de identificar visualmente cada um deles, faremos uma descrição sobre seu significado e função no desenho a partir das demonstrações ilustrativas a seguir.
    2.1. Linha do horizonte:
    É o elemento da construção em perspectiva que representa o nível dos olhos do observador (linha horizontal pontilhada LH).
    Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar.

    2.2. Ponto de vista:
    Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se exatamente no cruzamento dessas duas linhas.
    Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que localiza o ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de seus lados, esquerdo ou direito.
    2.3. Ponto de fuga:
    É o ponto localizado na linha do horizonte, pra onde todas as linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva (PF).
    Em alguns tipos de perspectiva são necessários dois ou mais pontos de fuga. Em situações como estas poderão ter pontos tanto na linha do horizonte quanto na linha vertical do ponto de vista. Em alguns casos é possível o ponto ficar fora tanto da linha do horizonte quanto do ponto de vista.
    2.4. Linhas de fuga:
    São as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva convergindo para o ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afunilamento dessas linhas em direção ao ponto que geram a sensação visual de profundidade das faces em escorço dos objetos em perspectiva.
    O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permitem a elaboração de esquemas gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em ambientes ou paisagens sem distorção estrutural. Veremos a base destes recursos gráficos conhecendo sobre os diferentes tipos de visualização em perspectiva.

    Existe também a Perspctiva com dois pontos de fuga

    Quando vemos uma casa ou prédio de quina....

Grandes nomes da Sociologia


PIERRE BOURDIEU
CHARLES WRIGHT MILLS
ALFRED N. WHITEHEAD
FRÉDÉRIC LE PLAY
RENÉ WORMS
GABRIEL TARDE
ÉMILE DURKHEIM
GEORGE SIMMEL
FERDINAND TONNIES
WERNER SOMBART
ALFRE WEBER
MAX WEBER
ROBERT E. PARK
GEORGE H. MEAD

Georg Herbert Mead


Georg Herbert Mead (South Hadley, Condado de Hampshire, Massachusetts, 27 de fevereiro de 1863 - Chicago, 26 de abril de 1931) foi um filósofo americano de importância capital para a sociologia e a psicologia social, pertencente à Escola de Chicago (sociologia). Juntamente com William James, Pierce e Dewey, Mead faz parte de uma corrente teórica da filosofia americana denominada de pragmatismo. Em 1937, Herbert Blumer, sucessor de Mead na Universidade de Chicago, nomeou a abordagem de Mead e de vários outros filósofos e sociólogos, de interacionismo simbólico.

Robert Ezra Park


Robert Ezra Park (14 de fevereiro de 1864 - 7 de fevereiro de 1944) foi um sociólogo norte americano e um dos fundadores da Escola de Chicago. Nascido em Harveyville, Pennsylvania, cresceu em Minnesota. Foi educado na Universidade de Michigan, onde foi ensinado pelo filósofo pragmatista, John Dewey. Seu interesse pelas questões sociais, especialmente as questões raciais e urbanas, levou-o a trabalhar como jornalista em Chicago.
Depois de ser um jornalista em várias cidades dos E.U.A. entre 1887 e 1898, ele então estudou psicologia e filosofia para um MA em Harvard (1898-9) tendo sido ensinado por outro proeminente filósofo pragmatista, William James. Depois de graduar-se, foi à Alemanha estudar em Berlim, Strasbourg e Heidelberg entre 1899 e 1903 antes de retornar aos E.U.A. Entre 1899 e 1900 estudou com Georg Simmel em Berlim, passou um semestre em Strasbourg em 1900, e adquiriu seu PhD em psicologia e filosofia em 1903 em Heidelberg sob orientação de Wilhelm Windelband(1848-1915). Sua dissertação foi intitulada Masse und Publikum. Eine methodologische und soziologische Untersuchung. Ele então retornou aos E.U.A. em 1903 se tornando brevemente assistente em filosofia em Harvard em 1904-5.
Park lecionou em Harvard até que Booker T. Washington convidou-o ao Instituto Tuskegee para trabalhar com questões raciais do sul do país. Juntou-se ao departamento de sociologia na Universidade de Chicago em 1914 ficando lá até sua aposentadoria em 1936. Continuou, no entanto, a lecionar até sua morte na Universidade Fisk. Park morreu em Nashville, Tennessee com 79 anos de idade.
Durante sua vida, Park se tornou uma figura reconhecida tanto dentro como fora da comunidade acadêmica. Em variadas épocas foi presidente da Associação Sociológica Americana e da Liga Urbana de Chicago, e membro do Conselho de Pesquisa em Ciências Sociais.

Maximilian Karl Emil Weber


Maximilian Karl Emil Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864  Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber. A esposa de Max Weber,Marianne Weber, biógrafa do marido, foi uma das alunas pioneiras na universidade alemã e integrava grupos feministas de seu tempo.
É considerado um dos fundadores do estudo moderno da sociologia, mas sua influência também pode ser sentida na economia, na filosofia, no direito, na ciência política e na administração. Começou sua carreira acadêmica na Universidade Humboldt, em Berlim e, posteriormente, trabalhou na Universidade de Freiburg, na Universidade de Heidelberg, na Universidade de Viena e na Universidade de Munique. Personagem influente na política alemã da época, foi consultor dos negociadores alemães no Tratado de Versalhes (1919) e da Comissão encarregada de redigir aConstituição de Weimar.
Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foi reservado para o chamado processo de racionalização e desencantamento que provém da sociedade moderna e capitalista. Mas seus estudos também deram contribuição importante para a economia. Sua obra mais famosa é o ensaio A ética protestante e o espírito do capitalismo, com o qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião. Weber argumentou que a religião era uma das razões não-exclusivas do porque as culturas do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância de algumas características específicas do protestantismo ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, a burocracia e do estado racional e legal nos países ocidentais. Em outro trabalho importante, A política como vocação, Weber definiu o Estado como "uma entidade que reivindica o monopólio do uso legítimo da força física", uma definição que se tornou central no estudo da moderna ciência política no Ocidente. Em suas contribuições mais conhecidas são muitas vezes referidas como a “Tese de Weber".
Seu pai, Sr. Max Weber, público e político liberal; a mãe, Helene Fallenstein, uma calvinista moderada. Max foi o primeiro de sete filhos, incluindo seu irmão Alfred Weber, quatro anos mais jovem, também sociólogo, mas, sobretudo, um economista, que também desenvolveu uma importante sociologia da cultura. A família estimulou intelectualmente os jovens Weber desde a tenra idade.
Em 1882 Max Weber matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Heidelberg, onde seu pai havia estudado, frequentando também cursos de economia política, história e teologia. Em 1884 voltou para casa paterna e se transferiu para a Universidade de Berlim, onde obteve em 1889 o doutorado em Direito e em 1891 a tese de habilitação, ambos com escritos da história do direito e da economia.
Depois de completar estudos jurídicos, econômicos e históricos em várias universidades, se distingue precocemente em algumas pesquisas econômico-sociais com a Verein für Sozialpolitik, a associação fundada em 1873 pelos economistas associados à Escola Histórica Alemã em que Weber já tinha aderido em 1888. Em 1893 casou-se com Marianne Schnitger, mais tarde uma feminista e estudiosa, bem como curadora póstuma das obras de seu marido.
Foi nomeado professor de Economia nas universidades de Freiburg em 1894 e de Heidelberg em 1896. Entre 1897, ano em que seu pai morreu, e 1901 sofreu de uma aguda depressão, de modo que do final de 1898 ao final de 1902 não poderia realizar atividades regulares de ensino ou científicas.
Curado, no Outono de 1903 renunciou ao cargo de professor e aceitou uma posição como diretor-associado do recém-nascido Archiv für und Sozialwissenschaft Sozialpolitik (Arquivos de Ciências Sociais e Política Social), com Edgar Jaffé e Werner Sombart como colegas: nesta revista publicaram em duas partes, em 1904 e 1905, o artigo-chave A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Naquele mesmo ano, visitou os Estados Unidos. Graças a uma enorme renda privada derivada de uma herança em 1907, ainda conseguiu se dedicar livremente e em tempo integral aos seus estudos, passando da economia ao direito, da filosofia à história comparativa e à sociologia, sem ser forçado a retornar à docência. Sua pesquisa científica abordou questões teórico-metodológicas cruciais e tratou complexos estudos histórico-sociológicos sobre a origem da civilização ocidental e seu lugar na história universal.
Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu como diretor de hospitais militares de Heidelberg e ao término do conflito, voltou ao ensino da disciplina de economia, primeiro em Viena e em 1919 em Munique, onde dirigiu o primeiro instituto universitário de sociologia na Alemanha. Em 1918 ele estava entre os delegados da Alemanha em Versalhes para a assinatura do tratado de paz e foi conselheiro para os redatores da Constituição da República de Weimar. Encontra-se sepultado em Bergfriedhof de Heidelberg em Baden-Württemberg na Alemanha.

Alfred Weber


Alfred Weber (nascido a 30 de Julho de 1868 em Erfurt - falecido a 2 de Maio de 1958 em Heidelberg) foi um economista alemão, um sociólogo e teórico da cultura.
Entre 1907 e 1933 ele foi professor na Universidade de Heidelberg até ser demitido por causa do seu criticismo a Hitler e sua ideologia. Foi reabilitado em 1945 e continuou a dar aulas até 1958.
Alfred Weber foi irmão de Max Weber, um outro sociólogo, ainda mais influente.
Weber apoiou a reintrodução da teoria e modelos causais ao campo da Economia, para complementar a análise histórica. Nessa área, o seu trabalho foi pioneiro na modelação da localização industrial.
Ele viveu num período em que a sociologia se tornou um campo científico autónomo. Weber manteve-se na linha da tradição da filosofia da história. Nesta área, ele fez contribuições com teoria analisando a mudança social na civilização ocidental como uma confluência de civilização (intelectual e tecnológica), processos sociais (organizações) e cultura (arte, religião e filosofia). Ele levou a cabo análises empíricas e históricas acerca do crescimento e distribuição geográfica das cidades e do capitalismo.
Weber viveu na Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial mas foi uma figura de destaque da oposição intelectual.

Werner Sombart

Werner Sombart (Ermsleben, Saxônia-Anhalt, 19 de Janeiro de 1863  Berlim, 18 de Maio de 1941) foi um sociólogo e economista alemão. Figura de destaque da Escola historicista alemã, Sombart está entre os mais importantes autores europeus do primeiro quarto do século XX, no campo das Ciências Sociais. Foi provavelmente o economista mais influenciado por Nietzsche.[1]Teve, por sua vez, considerável influência sobre as idéias de Weber, de quem era amigo.

Ferdinand Tönnies


Ferdinand Tönnies (Oldenswort, 26 de julho de 1855  Kiel, 9 de abril de 1936) foi um sociólogo alemão.
Fez contribuições importantes para a teoria sociológica e em estudos de campo, além de ser responsável por trazer de novo Thomas Hobbes ao primeiro plano, através da publicação dos seus manuscritos.
A distinção, tornada clássica, entre dois tipos básicos de organização sociail, a comunidade (Gemeinschaft) e a sociedade (Gesellschaft), é a contribuição mais conhecida de Tönnies. As relações de comunidade, típicas de grupos de caçadores-coletores e hordas – portanto, grupos relativamente pequenos e pré-industriais – baseiam-se na coesão nascida do parentesco, das práticas herdadas dos antepassados e dos fortes sentimentos religiosos que unem o grupo. Já as relações de sociedade são típicas de grupos que vivem vida urbana desenvolvida, organizam-se em Estados e possuem uma complexa divisão do trabalho.
Para o seu contemporâneo Martin Buber (1878 – 1965), [1] na concepção de Tönnies a comunidade foi substituída pela sociedade, enquanto que para ele nada há de irreversível em tal processo inclusive sendo este altamente desejável para reverter a regulação por princípios utilitaristas e relacionamentos externalizados.
Foi um escritor prolífico e também o co-fundador da Sociedade Alemã de Sociologia (1909).
Devemos distinguir no pensamento alemão, portanto a preocupação como estudo da diferença, característica de sua formação política e de seu desenvolvimento econômico. Adiciona-se a isso a herança puritana com seu apego à interpretação das escrituras e livros sagrados. Essa associação entre história, esforço interpretativo e facilidade em discernir diversidades caracterizou o pensamento alemão e influenciou muitos cientistas, de Gabriel de tarde a Ferdinand Tönnies.

Georg Simmel


Georg Simmel (Berlim, 1° de março de 1858  Estrasburgo, 28 de setembro de 1918) foi um sociólogo alemão. Professor universitário admirado pelos seus alunos, sempre teve dificuldade em encontrar um lugar no seio da rígida academia do seu tempo.

Émile Durkheim


Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858  Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um dos pais da Sociologia moderna, tendo sido o fundador da escola francesa, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É amplamente reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social.[1]
Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.
Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica).
A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais obras são: Da divisão do trabalho social (1893); Regras do método sociológico (1895); O suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a revista L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro.

Jean-Gabriel de Tarde


Jean-Gabriel de Tarde (Sarlat, 12 de março de 1843  Paris, 12 de maio de 1904) foi um filósofo, sociólogo, psicólogo e criminologista francês.
A família de Tarde era de origem nobre e vivia na região de Sarlat, desde a Idade Média. Entre os seus antepassados conta-se Jean Tarde (1561-1636), capelão particular do rei de França Henrique IV, astrónomo e amigo de Galileu. Gabriel Tarde tinha apenas sete anos quando o seu pai morreu. A sua mãe confia a educação de Tarde aos jesuítas de Sarlat, onde faz os estudos secundários. Porém, Tarde revolta-se diversas vezes contra o rigor excessivo dos jesuítas tentando a fuga.
Em 1860, obtém o bacharelato em Letras com a classificação de Muito Bom, seguido do bacharelato em Ciências. Após os estudos secundários, começa a sofrer crises oftalmológicas, que o obrigam a viver longos meses em locais escuros. Entretanto, inscreve-se na Faculdade de Direito de Toulouse, mas depois transfere-se para Paris. Numa tentativa de superar a sua doença, inicia uma devoção mística a Santa Teresa de Ávila, mas o rigor da meditação fá-lo regressar à vida laical. Nesses momentos, escreve poemas, faz longos percursos pedestres e tem as primeiras intuições filosóficas ao ler os filósofos alemães: Hegel, Leibniz e Cournot. Em finais de 1866, termina o curso de Direito. Em 1867, inicia a sua carreira na magistratura: secretário do juiz de Sarlat, juiz suplente e finalmente juiz de instrução. Nessa época, os problemas oftalmológicos tinham desaparecido quase totalmente.
Tarde começa a sua carreira de investigação primeiro na Criminologia publicando vários artigos, nos quais entra em polémica com o criminologista italiano César Lombroso. Para além da Criminologia, publica também artigos nas áreas da Sociologia, Filosofia, Psicologia Social e Economia. Em 1894, é nomeado director da secção de estatística criminal do Ministério da Justiça em Paris, cargo que conserva até à morte. Nesta cidade, continua uma vida intensa ligada à investigação nas Ciências Sociais e Humanas: colóquios, congressos, artigos e polémicas (desta vez com Émile Durkheim, ao qual se opõe na definição e metodologia da Sociologia). A partir de 1896, foi regente de disciplinas na École Libre de Sciences Politiques e deu lições no Collège Libre des Sciences Sociales. Em 1900, aceita a regência da cátedra de Filosofia Moderna no Collège de France.
A vida intensa de Gabriel Tarde chega ao fim na noite de 12 de Maio de 1904. Momentos antes de morrer, reordena as suas notas para o seu próximo trabalho - La conversation et son rôle social- e lê-as a um dos seus filhos. Depois, parte para o reino da morte com a idade de 61 anos.

René Worms


Sociólogo francês nascido em Rennes em 1869. Auditor do Conselho de Estado, ensinou Direito em Caen (1897-1902) e no Instituto Comercial (1902). Ele fundou o Instituto Internacional de Sociologia. Suas obras filosóficas são: Précis de philosophie e Elements de philosophie scientifique (1891), um estudo sobre a moral de Espinoza, Morale de Spinoza(1892). Além de diversas obras sobre Direito e economia política, ele escreveu umaPhilosophie des sciences sociales.
Fonte: Larousse du XXe. Siècle.

Pierre-Guillaume-Frédéric Le Play


Pierre-Guillaume-Frédéric Le Play (La Rivière, 11 de abril, 1806 - Paris, 5 de abril de 1882), economista francês, teve uma infância marcada pela pobreza. Em 1824 saído da Faculdade de Havre foi para Paris estudar no Collège St. Louis na escola politécnica.
Frederick Le Play teve uma grande influência no desenvolvimento da sociologia aplicada devido às metodologias que propôs para estudar determinados fenômenos sociais.
Le Play considerava a família e o orçamento familiar fundamentais para estudar as condições sociais da sociedade em que estas se encontravam. A família porque a considerava como base de uma estrutura sociaL,pois seria ao suporte indispensável de um indivíduo e o meio onde as crianças se socializam e se estabelecem as relações sociais fundamentais.
Através do orçamento familiar poder-se-ia estudar, através do rendimento e da despesa toda a vida da família, especialmente no que toca aos seus hábitos de consumo. a partir do rendimento social, segundo Le Play seria possível estudar aspectos como a inserção social da família, conseguindo daqui chegar ao entendimento das sociedades mais vastas. Consciente da degradação das condições de vida das camadas populares como consequência das inexistência das solidariedades tradicionais em espaço urbano.
Nesse sentido Le Play defende medidas para reforçar a instituição família para apoiar o indivíduo.
Le Play considerando que estes também teriam obrigações de caráter social para a melhoria das condições de vida, chamou a atenção das entidades empregadoras para que o seu contributo para o bem estar social não terminassse no pagamento do salário aos seus empregados.