Ferdinand Tönnies (Oldenswort, 26 de julho de 1855 — Kiel, 9 de abril de 1936) foi um sociólogo alemão.
Fez contribuições importantes
para a teoria sociológica e
em estudos de campo, além de ser responsável por trazer de novo Thomas Hobbes ao primeiro plano, através da
publicação dos seus manuscritos.
A distinção, tornada clássica,
entre dois tipos básicos de organização sociail, a comunidade (Gemeinschaft) e a sociedade (Gesellschaft), é a
contribuição mais conhecida de Tönnies. As relações de comunidade, típicas de
grupos de caçadores-coletores e hordas – portanto, grupos
relativamente pequenos e pré-industriais – baseiam-se na coesão nascida do
parentesco, das práticas herdadas dos antepassados e dos fortes sentimentos
religiosos que unem o grupo. Já as relações de sociedade são típicas de grupos
que vivem vida urbana desenvolvida, organizam-se em Estados e
possuem uma complexa divisão do trabalho.
Para o seu contemporâneo Martin Buber (1878
– 1965), [1] na
concepção de Tönnies a comunidade foi substituída pela sociedade, enquanto que
para ele nada há de irreversível em tal processo inclusive sendo este altamente
desejável para reverter a regulação por princípios utilitaristas e
relacionamentos externalizados.
Foi um escritor prolífico e
também o co-fundador da Sociedade Alemã de Sociologia (1909).
Devemos
distinguir no pensamento alemão, portanto a preocupação como estudo da
diferença, característica de sua formação política e de seu desenvolvimento
econômico. Adiciona-se a isso a herança puritana com seu apego à interpretação
das escrituras e livros sagrados. Essa associação entre história, esforço
interpretativo e facilidade em discernir diversidades caracterizou o pensamento
alemão e influenciou muitos cientistas, de Gabriel de tarde a Ferdinand
Tönnies.
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