Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917)
é considerado um dos pais da Sociologia moderna,
tendo sido o fundador da escola francesa, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com
a teoria sociológica. É amplamente reconhecido como um dos melhores teóricos do
conceito da coesão social.[1]
Partindo da afirmação de que
"os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma
definição do normal e do patológico aplicada
a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é
ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa
que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais,
antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade
sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga
integrar-se a essa estrutura.
Para que reine certo consenso
nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a
solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral
tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa
sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que
participam do trabalho coletivo
(preponderância progressiva da solidariedade orgânica).
A sociologia fortaleceu-se graças
a Durkheim e seus seguidores. Suas principais obras são: Da divisão do trabalho social (1893); Regras do método sociológico (1895); O suicídio (1897); As formas elementares de vida
religiosa (1912). Fundou
também a revista L'Année
Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro.
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