O desenho tem sido um meio de manifestação estético e uma
linguagem expressiva para o homem desde os tempos pré-históricos. Neste
período, porém, o desenho, assim como a arte de uma forma geral, estava
inserido em um contexto tribal-religioso em que acreditava-se que o resultado
do processo de desenhar possuísse uma "alma" própria: o desenho era
mais um ritual místico que um meio de expressão. À medida que os conceitos
artísticos foram, lentamente, durante a Antiguidade separando-se da religião, o
desenho passou a ganhar autonomia e a se tornar uma disciplina própria. Não
haveria, porém, até o Renascimento, uma preocupação em empreender um estudo
sistemático e rigoroso do desenho enquanto forma de conhecimento.
A partir do Século XV, paralelamente à popularização do
papel, o desenho começou a tornar-se o elemento fundamental da criação
artística, um instrumento básico para se chegar à obra final (sendo seu domínio
quase uma virtude secundária frente às outras formas de arte). Com a descoberta
e sistematização da perspectiva, o desenho virá a ser, de fato, uma forma de
conhecimento e será tratado como tal por diversos artistas, entre os quais
destaca-se Leonardo da Vinci.
Mestres do desenho nos séculos XV e XVI incluem Leonardo da
Vinci, Albrecht Dürer, Michelângelo e Rafael. No século XVII, destacam-se
Claude, Nicolas Poussin, Rembrandt e Peter Paul Rubens. No século XVIII,
Jean-Honoré Fragonard, Francisco Goya, Giovanni Battista Tiepolo, e Antoine
Watteau. No XIX, Jacques Louis David, Edgar Degas, Theodore Gericault, Odilon
Redon, Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Cézanne e Vincent Van Gogh. Finalmente,
no século XX, pode-se destacar Max Beckmann, Willem de Kooning, Jean Dubuffet,
Arshile Gorky, Paul Klee, Oscar Kokoschka, Henri Matisse, Jules Pascin, Pablo
Picasso.
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