terça-feira, 23 de abril de 2013

Técnicas de Gravura


A xilogravura é a técnica mais antiga para produzir gravuras, e seus princípios são muito simples. O artista retira de uma superfície plana (matriz, geralmente é madeira) as partes que ele não quer que tenham cor na gravura. Após aplicar tinta na superfície, coloca um papel sobre a mesma. Ao aplicar pressão (com uma prensa) sobre essa folha a imagem é transferida para o papel.
A técnica da gravura em metal ou calco gravura ou calcografia começou a ser utilizada na Europa no século XV. As matrizes podem ser feitas a partir de placas de cobrezinco ou latão. Estas são gravadas com incisão direta ou pelo uso de banhos de ácido. Água-forte, água-tinta, ponta seca são as técnicas mais usuais. A matriz é entintada e utiliza-se uma prensa para transferir a imagem para o papel.
Em 1796 Alois Senefelder descobriu as possibilidades da pedra calcária para fazer impressões e, após dois anos de experimentações desenvolveu a técnica da Litografia. Esta técnica parte do princípio químico que água e gordura se repelem. As imagens são desenhadas com material gorduroso sobre pedra calcária e com a aplicação de ácido sobre a mesma, a imagem é gravada. Assim como a gravura em metal, essa técnica também necessita de uma prensa para transferir para o papel a imagem gravada na pedra.
Embora existam registros de trabalhos utilizando stencil na China, no século VIII, a serigrafia começa a ser aplicada mais frequentemente por artistas na segunda metade do século XX. Como as técnicas descritas acima, também a serigrafia apresenta diversas técnicas de gravação de imagem. Uma delas é a gravação por processo fotográfico. Imagens são gravadas na tela de poliéster e com a utilização de um rodo com a tinta a imagem é transferida para o papel.

A gravura com foto polímero remonta aos anos 70 e resulta da utilização dos materiais de artes gráficas e flexografia, para impressão em superfícies irregulares. Segundo Boegh a “introdução de novos materiais e processos deram um número de possibilidades de expressão, impossíveis com a gravura convencional”. Ainda segundo o autor, é em meados dos anos 90 que se evidencia um maior desenvolvimento na gravura com a utilização destes materiais “que, se supõe, são inofensivos para a saúde e para o meio ambiente ao serem utilizados corretamente, foram promovidos por visionários como Keith Howard, Mark Zaffron, Friedhard Kiekeben, Robert Adam entre outros”, daí a designação de gravura não-tóxica ou menos tóxica.
O que é um Foto polímero?  Decompondo a palavra foto polímetro etimologicamente temos de origem grega: foto = luz; poli = muitos e meros = partes. O termo foto polímero descreve uma técnica onde partículas simples (monômeros) unem-se a outros monômeros mediante a reação química que se designa como polimerização, iniciada por ação de uma luz ultravioleta. Este material tem como princípio “ endurecer quando é exposto a uma fonte de luz UV”(Guadix, 2011). Esta técnica também é conhecida por "Solarplate", quando Keith Howard na sua investigação, expôs a chapa de polímero à luz do Sol, rica em raios UV. Existem no mercado várias marcas que fabricam este tipo de produtos mas a sua estrutura é essencialmente a mesma. Uma chapa de foto polímero é constituída por várias camadas: uma cama de proteção, que antecede a camada de fotossensível de foto polímero  uma camada anti-alo e uma outra camada adesiva para aderir ao tipo de suporte que pode variar entre chapa metálica ou poliéster. Nalguns tipos de polímero, a revelação pode ser realizada com água, o que torna seguro este processo pelo que foi facilmente incrementado no ensino.

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